Ludopatia - reflexões para o debate

 



A Publicar nos jornais do GRUPO SUL NEWS -  23 a 29  de novembro de 2024
Gazeta de Santo Amaro - Edição   3296
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Interlagos News -  Edição   1477
Itaim News - Edição   1477

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Um crescente e preocupante número de pessoas do meu círculo de relacionamentos, acometidas desse mal, me trouxe aqui.

A ludopatia é um transtorno de comportamento aditivo que se caracteriza por um impulso incontrolável de jogar ou apostar, mesmo que as consequências sejam danosas. É um fenômeno que assola nossa sociedade notadamente nesses tempos em que a w.w.w. elimina fronteiras e tornam um mundo cada vez mais globalizado.

Nesse sentido as apostas esportivas contribuem muito para o aumento da ludopatia. A falta de limites e de conscientização agrava a dependência de jogos de azar, afetando para além da saúde mental, a renda e o bem-estar de famílias. Precisamos falar sobre isso.

Historicamente, os jogos de azar foram proibidos no Brasil, desde 1946, com exceções para loterias e apostas em corridas de cavalos e não o foram sem motivos: Os jogos de azar são degradantes para o ser humano e não raro nos levam a problemas sociais, como vício, dívidas e destruição de famílias.

A proliferação dos jogos de azar, notadamente sem regularização e qualquer tipo de controle é agente facilitador de atividades ilegais, como lavagem de dinheiro e financiamento do crime organizado.

Em cheque estão as virtudes, os vícios, a moralidade e a liberdade. Virtudes e vícios são conceitos que estão diretamente relacionados com a moralidade e a liberdade.

É certo que eventual legalização dos jogos  de azar em todas as suas formas poderia gerar receita tributária e fomentar o turismo e a economia, mas ao meu sentir não podemos partir para um vale tudo em nome de um suposto fomentar da economia. Há que se medir as consequências e avaliar se é correto, se queremos uma sociedade virtuosa, ou dedicada aos vícios, se realmente desejamos pagar o preço de tal decisão.

Certamente haveremos de revisitar um conjunto de valores e princípios e usá-los para responder a três grandes questões: (1) queremos?; (2) devemos?; (3) podemos?  Somos livres para escolher, mas seremos prisioneiros das consequências.

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