Ludopatia - reflexões para o debate
Um crescente e preocupante número de
pessoas do meu círculo de relacionamentos, acometidas desse mal, me trouxe aqui.
A ludopatia é um transtorno de comportamento aditivo que se
caracteriza por um impulso incontrolável de jogar ou apostar, mesmo que as
consequências sejam danosas. É um fenômeno que assola nossa sociedade notadamente
nesses tempos em que a w.w.w. elimina fronteiras e tornam um mundo cada vez
mais globalizado.
Nesse sentido as apostas esportivas contribuem muito para o
aumento da ludopatia. A falta de limites e de conscientização agrava a
dependência de jogos de azar, afetando para além da saúde mental, a renda e o
bem-estar de famílias. Precisamos falar sobre isso.
Historicamente, os jogos de azar foram proibidos no Brasil, desde
1946, com exceções para loterias e apostas em corridas de cavalos e não o foram
sem motivos: Os jogos de azar são degradantes para o ser humano e não raro nos levam
a problemas sociais, como vício, dívidas e destruição de famílias.
A proliferação dos jogos de azar, notadamente sem
regularização e qualquer tipo de controle é agente facilitador de atividades
ilegais, como lavagem de dinheiro e financiamento do crime organizado.
Em cheque estão as virtudes, os vícios, a moralidade e a liberdade.
Virtudes e vícios são conceitos que estão diretamente relacionados com a
moralidade e a liberdade.
É certo que eventual legalização dos jogos de azar em todas as suas formas poderia gerar receita
tributária e fomentar o turismo e a economia, mas ao meu sentir não podemos
partir para um vale tudo em nome de um suposto fomentar da economia. Há que se
medir as consequências e avaliar se é correto, se queremos uma sociedade
virtuosa, ou dedicada aos vícios, se realmente desejamos pagar o preço de tal
decisão.
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