Brasil, EUA e o bode na sala.
Publicado também nos Jornais do Grupo Sul News - Gazeta de Santo Amaro, Jornal de Moema, Interlagos News, Gazeta do Brooklin e Campo Belo e Itaim News edição 05 a 11 de junho de 2021.
“O tempo do presidente Trump no cargo trouxe infortúnio para os Estados Unidos e o planeta”, diz a introdução do artigo da revista científica Lancet. Entre as mais de 450 mil mortes por Covid-19 no país, o relatório aponta que cerca de 40% poderiam ter sido evitadas. (trecho de reportagem CNN saúde 11/02/2021).
Donald Trump será lembrado por sua resposta fracassada à pandemia do corona vírus, pelas mortes que produziu e pelos danos que causou à economia. No final da era Trump, os Estados Unidos lideravam a olimpíada da morte, cedendo mais de 400.000 vidas para a covid-19. Todavia, vieram as eleições e o norte-americano foi sábio, tirou o bode da sala. Hoje não é o Mickey, mas o turismo de vacina que atrai brasileiros para as terras do tio Sam, onde as doses abundam sem burocracia.
Bajulando o bode de lá e competindo com ele em sandices, o fedorento bode de cá continuou na sala brasiliana e rapidamente assumimos a liderança da mórbida competição. Hoje 30 de maio de 2.021 registramos 1.971 novas mortes por Covid-19 em 24 horas. Equivale em números ao aniquilamento da população da cidade Frei Rogério - SC, mais um turista que estivesse passando por lá. Quanto aos 461.142 óbitos registrados desde o início da pandemia, equivalem ao total extermínio dos habitantes das cidades de Mogi das Cruzes – SP (450.785) e da cidade de Buenópolis – MG (10.353) somados a mais 4 transeuntes quaisquer, ou se desejarmos comparar com o atentado terrorista do fatídico 11 de setembro, que deixou o planeta embevecido com 2.966 mortes, já perdemos para a covid-19 em vidas humanas, mais de 153 tragédias iguais àquela somadas.
Não é preciso ser vidente para calcular com grande possibilidade de acerto, quantos mortos contabilizaremos se tivermos que esperar até janeiro de 2.023 para enxotar o mal cheiroso bode da nossa sala.
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