Diário da Covid-19 (22/04/2021) - reflexão da semana
Hoje é 22 de abril, aniversário do nosso descobrimento,
mas sem motivos para comemorar. O Brasil já contabiliza mais de 381.687 vidas
perdidas para a Covid-19.
Os números são aterradores. Ontem o portal G1 noticiou a
morte de 3.157 pessoas nas últimas 24 horas. É como se de um dia para o outro,
exterminássemos a população inteira da cidade de Santo Afonso no Mato Grosso e
mais duas pessoas. O fatídico voo JJ 3054 - TAM, tragédia conhecida como a maior da aviação
brasileira, matou 199 pessoas. É o equivalente em mortes, a abater mais de 15
aeronaves daquela em um só dia.
Quanto aos mortos acumulados 1 ano, 1 mês e 27 dias desde a
notificação do primeiro caso de Covid-19 no Brasil, equivale em números, ao extermínio
total da população das cidades de Bauru- SP 379.297, Santa Rita do Tocantins –
TO 2.386 (IBGE 2020) e mais quatro pessoas.
O propalado “tratamento precoce” através do uso de
medicamentos do denominado Kit Covid não encontra eco na ciência, muito embora
não sei se por desespero, descuido, imperícia, negligência, imprudência, ou
interesse oculto, tenha sido adotado por alguns médicos, violando postulados
éticos.
Consumir medicamentos sem eficácia comprovada pela ciência
pode causar prejuízos para o corpo e, segundo médicos de megahospitais como
Clínicas, Albert Einstein e Emilio Ribas, seus efeitos colaterais estão
prejudicando tratamento e gerando mortes.
Portanto, notícias e recomendações de origem não médica, no
sentido do uso sob qualquer forma do chamado Kit covid não merecem crédito.
Nossas reais esperanças residem na vacinação em massa e no soro anticovid
desenvolvido pelo nosso glorioso Instituto Butantã, esse sim, recomendado para
o tratamento dos pacientes infectados pelo Sars-CoV-2.
Ao menos enquanto não atingirmos a chamada imunidade de
rebanho, faz-se necessário manter o distanciamento social, o isolamento
doméstico, o uso de máscaras e a higienização das mãos e de superfícies. Pelo
andar da carruagem estamos distantes desse momento meses ainda, posto que,
segundo alguns especialistas, a imunidade de rebanho vacinal só é alcançada
após a imunização de no mínimo 80% da população.
Muitos já nos cansamos do coronavírus, mas o coronavírus não
se cansou da gente. As medidas de
distanciamento social são impopulares, mas necessárias. Trata-se de salvar
vidas humanas e todas elas importam, até a dos negacionistas.
Fique em casa, se sair use máscaras, não descuide da
higienização constante das mãos e superfícies, mantenha o distanciamento
social, fuja das aglomerações e denuncie festas clandestinas e outras
aglomerações intencionais.
Nossas esperanças de voltar a viver dentro da normalidade
encontram morada na ciência e, sobretudo, na nossa atitude.
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