O atraso tem nome: voto impresso.
Do ponto de vista comercial, trata-se de um mercado milionário, o da venda de impressoras e suprimentos. Um único comprador tem potencial para adquirir milhares de impressoras se considerarmos a quantidade de seções eleitorais existentes, fora um excedente para garantir um estoque mínimo de contingência. Todavia, do ponto de vista da confiabilidade das eleições, de nenhuma serventia ou utilidade. Em 1982, registrei o meu primeiro voto, votação manual. Era um inferno acompanhar as apurações e totalizações dos votos, decifrar as intenções de voto dos eleitores, nem sempre legíveis. Ademais, o processo de apuração uma coisa lenta, dispendiosa, consumia toneladas de papel, dezenas de horas de trabalho de brasileiros à serviço da justiça eleitoral, fiscais e delegados à serviço de partidos e candidatos, inúmeras possibilidades de fraude, quer na contagem e conferência dos votos, quer na transcrição dos mapas eleitorais (ali morava o maior perigo). Graças a Deus a modernidade chegou. Hoje o ...